doces

A melhor goiabada mineira

Ela é feita há 90 anos com as gordas goiabas de Minas

Anos 1930, Zona da Mata mineira, Fazenda Jabitoca, município de Urucânia. Ali, três moças prendadas, Teêta, Linhazinha e Marta Mol, começam a fazer doces: o produzido com as gordas goiabas da região é o que mais acerta no ponto. Em pouco tempo, a goiabada delas fica famosa na região, até começar a ser comercializada, 20 anos depois.

Hoje, após quatro gerações, a Goiabada da Zélia, que nasceu “da Fazenda São José”, movimenta a vida da família Mol – a Celeste, o José Renato e a Carminha, filhos do Seu Olavo. Em 1960, ao perceber o potencial do produto que fazia, comprou as terras vizinhas para apostar no crescimento do negócio. Sem deixar que ele perdesse a sua característica fundamental: o jeito caseiro de preparar doces.

A goiabada é feita rigorosamente da mesma forma, desde sempre. “Não mudou nada dos anos 30 para cá”, garante Marcos Mol, um dos herdeiros, que agora também toca o negócio. “E nunca vai mudar! A empresa foi crescendo, mas essa é uma questão que está no nosso DNA
e que vai seguir conosco”.

Qual é o segredo da goiabada da Zélia, afinal? “Tudo é feito devagarinho, com atenção máxima aos detalhes. Desde a colheita, ao picar a fruta, ao tirar sementes, na hora de ir para a panela, no envase e também no controle da produção”. Ele garante que só sejam usadas as frutas que estão perfeitas para o preparo. As que ficaram maduras demais são descartadas.

Outro diferencial é a quantidade de açúcar usada: a Goiabada da Zélia é feita numa proporção de 50/50 em relação à fruta – muito menos que o padrão comumente adotado pela indústria. Resultado: sentimos o aroma da goiaba, o gosto e a textura dela também. Tudo isso num ponto pouco mais consistente do que uma geleia. Quando abrimos a lata, colheramos o doce sem difi culdade. E a cada mexida, o cheiro encanta quem está à mesa. Ao juntá-la com um bom queijo mineiro, Pai do céu, não é difícil revirar os olhos de satisfação.

Mais que goiabada

A mangada, por exemplo, é outro doce de comer ajoelhado

Fora de Minas, a mangada nem é tão conhecida assim. E quem come da Mangada da Zélia não esquece jamais.

Ela é macia, suculenta, com um equilíbrio perfeito entre doçura e acidez. A gente põe uma colherada na boca e dá vontade de dar mais uma, depois outra... uma perdição.

A bananada, por sua vez, não recebe açúcar, apenas a fruta muito madura. Ô trem bão.

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