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O nosso ótimo salame Cacróvia

Salumeria no sul faz produto de primeira linha

“Trabalhamos cerca de 8 anos sem ganhar um centavo”, recorda Ademir Francisco Fanni Romani. Ao lado da esposa, Vanilda, ele é o fundador da salumeria que leva o seu nome Romani.


Ele conta orgulhoso que a sua história começa em 1998, em Capinzal, em Santa Catarina, quando criava porcos. Um dia, olhando para os bichos robustos, com carne de qualidade, percebeu que ele mesmo poderia usar aquela nobre matéria-prima. Como? Fabricando embutidos, colocando em prática os conhecimentos herdados da mãe italiana. “Meus pais faziam salames e outras peças deliciosos, mas só para consumo próprio. Resolvi manter a tradição.”

Da produção caseira, o interesse cresceu e com ele a vontade de aprender mais. Acabou no Vêneto, onde conheceu salumerias famosas e viu produções de diferentes portes. “Aí, tive a oportunidade de aprender mais sobre a as técnicas de fazer embutidos, passadas de geração em geração.”

De Vêneto foi para Bolonha, a terra da verdadeira mortadela,além de Trento e Bolzano, cidades que são conhecidas por produzirem pancetta e specks imbatíveis. Também passou por Cremona, onde aprendeu a fazer o pequeno Culatello de Zibelo. “Ele leva 9 meses para ficar pronto, é uma gestação!”. Como não podia deixar de ser, passou ainda por Parma, região que é referência em presuntos crus de 24 meses de maturação. E conheceu ainda receitas clássicas como Codeguim, Zampone de Zibelo e Sopressa de Mantova.

Hoje, baseado em Mandirituba, região metropolitana de Curitiba, Romani faz embutidos de primeiríssima linha. Tudo em família. “Eu massageio as carnes e tempero. Minha esposa amarra os barbantes e embala tudo. É o nosso olhar que garante a qualidade.

Não por acaso, Romani atende grandes nomes da restauração brasileira como Hotel Emiliano, Hilton, Copacabana Palace e todo o grupo Fasano. “Os chefs são nossos grandes aliados. São eles que compram, e fazem propaganda do nosso trabalho.”